Por Daiane Souza
Fundação Palmares
“Animai-vos, povo bahiense, que está por chegar o tempo feliz da nossa
liberdade, o tempo em que seremos todos irmãos, o tempo em que seremos
todos iguais” (lema da Revolução de Búzios)
A Revolta ocorreu em 1798, época em que
os princípios iluministas e a independência dos Estados Unidos
influenciavam fortemente os ideais libertários dos brasileiros, que
contrastavam com a precária condição de vida do povo negro. O grande
diferencial do movimento foi a articulação de grupos mais pobres da
população baiana para defender propostas que realmente os
representassem.
OUTROS PRINCÍPIOS – A
conspiração surgiu das discussões promovidas pela Academia dos
Renascidos e foi apoiada pelas mais diversas classes sociais,
tornando-se um dos primeiros movimentos populares da história do Brasil.
Seus princípios eram a emancipação da colônia e a abolição da
escravidão; o objetivo, transformar o Brasil numa república democrática.
O sonho foi realizado, porém só 147 anos depois.
O Livro de Aço dos Heróis Nacionais, no
qual estão registrados os quatro líderes da Revolta, fica exposto
permanentemente no Panteão da Pátria e da Liberdade. Para quem deseja
visitá-lo, o Panteão fica localizado no Eixo Monumental, Praça dos Três
Poderes, na capital do Brasil, onde pode ser visto em qualquer dia da
semana (inclusive nos feriados), entre as 9h e 18h.
Conheça os heróis da Revolta de Búzios
João de Deus do Nascimento
(1761 – 1799)
Filho de mulata alforriada com português, João de Deus nasceu em Salvador. Inconformado com a situação de miséria da colônia, participou de reuniões secretas, juntamente com estudantes, comerciantes, intelectuais, soldados e artesãos. Ao tomar conhecimento da Revolução Francesa, passou a discutir os ideais liberais e as possibilidades de sua aplicação no Brasil.
(1761 – 1799)
Filho de mulata alforriada com português, João de Deus nasceu em Salvador. Inconformado com a situação de miséria da colônia, participou de reuniões secretas, juntamente com estudantes, comerciantes, intelectuais, soldados e artesãos. Ao tomar conhecimento da Revolução Francesa, passou a discutir os ideais liberais e as possibilidades de sua aplicação no Brasil.
Lucas Dantas de Amorim Torres
( 1775 – 1799)
Pardo, escravo liberto, soldado e marceneiro, Lucas Dantas foi o responsável pela reunião de representantes das mais diversas classes sociais para debater sobre a liberdade e a independência do povo baiano.
( 1775 – 1799)
Pardo, escravo liberto, soldado e marceneiro, Lucas Dantas foi o responsável pela reunião de representantes das mais diversas classes sociais para debater sobre a liberdade e a independência do povo baiano.
Manuel Faustino Santos Lira
(1781 – 1799)
Filho de escrava liberta e pai desconhecido, Manuel Lira também nasceu em Salvador. Foi um dos primeiros suspeitos pela autoria de panfletos anônimos que conclamavam a população a defender a “República Bahiense”.
(1781 – 1799)
Filho de escrava liberta e pai desconhecido, Manuel Lira também nasceu em Salvador. Foi um dos primeiros suspeitos pela autoria de panfletos anônimos que conclamavam a população a defender a “República Bahiense”.
Luís Gonzaga das Virgens e Veiga
(1763 – 1799)
Soldado, negro, Luís Gonzaga das Virgens e Veiga era o mais letrado entre os líderes da revolta. Descendia de portugueses e crioulos. Sentiu e expressou o sentimento de revolta contra o preconceito de cor dominante no seu tempo. Foi autor do mais polêmico manifesto feito durante o movimento.
(1763 – 1799)
Soldado, negro, Luís Gonzaga das Virgens e Veiga era o mais letrado entre os líderes da revolta. Descendia de portugueses e crioulos. Sentiu e expressou o sentimento de revolta contra o preconceito de cor dominante no seu tempo. Foi autor do mais polêmico manifesto feito durante o movimento.
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