2 de novembro de 2010

O preconceito que se esconde por trás do mapa vermelho e azul

Por: Luiz Carlos Azenha

Nem de longe é uma tentativa majoritária. E a imensa maioria dos analistas tem dito isso: o mapa que divide o Brasil entre azul e vermelho não conta toda a história da escolha de Dilma Rousseff.

Mas o mapinha simplório e simplista serve aos que pretendem ligar Dilma Rousseff ao suposto “atraso” das regiões Norte e Nordeste. O preconceito sempre dá um jeito de reaparecer, sob outros disfarces.

Dilma teve 58% dos votos de Minas Gerais, mais de 60% dos votos do Rio de Janeiro, quase 50% dos votos no Rio Grande do Sul e quase 46% dos votos em São Paulo.

Se todos os votos dos dois candidatos no Nordeste fossem descartados, ainda assim Dilma venceria a eleição, mas dizer isso assim pode soar — ao gosto dos que semeiam preconceitos — como desqualificação do voto do nordestino.

Individualmente, os governadores Eduardo Campos, Jacques Vagner, Sergio Cabral, Cid Gomes, a família Sarney e o vice-presidente José Alencar foram os grandes cabos eleitorais de Dilma.

Quanto ao preconceito, foi o alimento de uma das candidaturas e não há de desaparecer assim, por encanto. Neste momento, serve às tentativas de “deslegitimar” o resultado das eleições.

Um comentário:

JPM disse...

Olá,

É por aí!

Ontem um cientista político (?) disse num canal de TV aqui do RS que a Presidenta eleita, sra. Dilma, tinha dificuldades de gerenciamento, "ao menos foi isso que a propaganda do Serra disse".

Pode alguém que se intitulada "cientista" fazer uma afirmação com base em propaganda?

Ainda mais que a sra. Dilma, enquanto atuando em cargos públicos aqui no RS, sempre mereceu todos os elogios por sua competência da grande mídia local.

Mas, a campanha de calúnias e difamações prosseguem no intuito de, como dizes, "deslegitimá-la". É a eterna prática da ultra direita reacionária e retrógrada.

Saúde e felicidade.
JPMetz