Está aberta a temporada de especulação e
articulação. Muita gente pagaria caro para saber o que passa na cabeça da
presidente eleita, afinal de contas todo mundo quer saber quem serão os
companheiros e companheiras que ajudarão a aperfeiçoar o projeto de Brasil
iniciado pelo presidente Lula.
Nos palanques Dilma sempre dizia "eu não vou
errar," "eu não posso errar". A meu ver esses elementos do
discurso de Dilma, a princípio, têm dois sentidos:
O
primeiro sentido é o de que a primeira mulher a governar o Brasil não poderia
fraquejar, cujo fracasso ganharia contornos de gênero muito fortes, alimentaria
a visão patriarcal disseminada na sociedade que nutre a idéia de que o governo
foi talhado para o sexo masculino.
O segundo
sentido é o de que a presidente Dilma é sucessora um presidente tem a maior aprovação da história do país, cuja aprovação embalou o sonho de
continuidade.
Por tudo
isso e muito mais, é que Dilma no seu primeiro discurso como presidente eleita
reforçou a idéia de que a ocupação de cargos públicos deve levar em conta o
conhecimento técnico articulado com a política.
É nesse
sentido que as "apostas" estão sendo feitas no campo das especulações
acerca de quem vai participar da equipe comandada por Dilma.
Segundo
Josias de Sousa, do site UOL, "Dilma Rousseff revelou, em privado,
algo que não admite publicamente: prefere nomear para a Casa Civil um nome
técnico, não um político". Ou seja, Dilma quer uma nova Dilma, capaz
de coordenar os principais programas do governo.
A
preferida de Dilma, segundo o site citado, é Graça Foster, atual diretora de
Gás e Energia da Petrobrás. Ela teria o mesmo perfil da presidente eleita,
"gerente eficaz e durona".
O que é
mesmo um/uma gerente eficaz e durão/durona? Isso é bom ou ruim para a democracia?
Isso é bom ou ruim para o tipo de política e políticos que temos no Brasil? Pretendo escrever sobre isso depois.
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