Fonte: Fundação Cultural Palmares
A presidente Dilma Rousseff determinou a
reserva de cotas para negros e indígenas como um dos critérios de
escolha dos 100 mil bolsistas do Programa de Bolsas no Exterior Ciência
sem Fronteiras. O anúncio ocorreu durante a 38ª reunião do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) na semana passada, no Palácio
do Planalto. A iniciativa busca promover a consolidação, expansão e
internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da
competitividade brasileira através do intercâmbio e da mobilidade
internacional.
A presidente afirmou que ainda não há um
percentual exato do número de cotas a ser disponibilizado e que as 75
mil vagas em cursos nas áreas tecnológicas e exatas serão distribuídas
por Estados, sendo que uma parte será concedida obedecendo a critérios
étnicos e de gênero. Além disso, Dilma Rousseff espera que a iniciativa
privada se engaje e forneça mais 25 mil vagas. No total, o governo
planeja investir R$ 3,1 bilhões.
Para o presidente da Fundação Palmares,
Eloi Ferreira de Araujo, “as cotas representam um avanço na democracia
para mais da metade da população brasileira formada por
afrodescendentes, contribuindo para a redução das desigualdades sociais e
econômicas no país”.
A intenção do governo, com o Programa
Ciência sem Fronteira, é enviar estudantes para as 50 melhores
universidades do mundo no exterior e também atrair talentos para
trabalhar no Brasil. Das 75 mil bolsas, 27.100 serão destinadas, nos
próximos três anos a alunos em graduação; 24.600 a doutorados de um ano;
9.790 para doutorados de quatro anos e 8.900 para pós-doutorados. O
Brasil também quer atrair 390 pesquisadores visitantes.
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