O
Plano Brasil Sem Miséria é o primeiro grande plano de ação do governo federal
voltado diretamente para o enfrentamento da pobreza extrema no Brasil. Posso
afirmar que é o plano mais completo.
Por
outro lado, quero ressaltar que, ao tomar o Plano Brasil Sem Miséria como
objeto de reflexão é fundamental trazer à baila a história social de outras políticas
públicas formuladas e implementadas para enfrentar o fenômeno da pobreza,
particularmente a pobreza rural.
O
papel da Assistência Técnica e Extensão Rural como vetor fundamental das
políticas de combate a pobreza rural não é uma descoberta do Plano Brasil Sem
Miséria. Os programas de combate a pobreza rural, desde a invenção da SUDENE,
no final da década de 1940, passando pelo Pólo Nordeste, Projeto Nordeste,
Programa de Combate a Pobreza Rural - PCPR, Programa de Desenvolvimento
Integrado do Maranhão - PRODIM, Fundo de Combate a Pobreza do Estado do Maranhão
- FUMACOP, teoricamente, a Assistência e Extensão Rural é um eixo de
importância vital.
Chamo
a atenção principalmente dos extensionistas rurais comprometidos em contribuir
para a erradicação da pobreza extrema no campo. É necessário refletir sobre as
motivações que mobilizaram os agentes governamentais a esta altura do campeonato
se preocuparem em erradicar a pobreza extrema no meio rural; os princípios
geradores da construção dos programas que compõem o referido plano; bem como a
concepção dos seus elaboradores acerca do que eles consideram pobres e pobreza
rural.
Penso
que a ação do/da extensinista rural deve estar imersa em processos reflexivos.
Ação e reflexão ajudam a entender os revezes da conjuntura e assim construir
estratégias de sobrevivência no campo minado da implementação das políticas
públicas nos rincões do Maranhão.
A
Assistência Técnica e Extensão Rural mais uma vez é colocada como eixo
fundamental de uma política pública de erradicação da pobreza. O Plano Brasil
Sem Miséria através do eixo Inclusão Produtiva preconiza uma modalidade de
assistência técnica individualizada e continuada para atender 253 mil famílias.
Para acompanhar os agricultores, haverá uma equipe de 11 técnicos para cada mil
famílias.
O Plano dispobibilizará ainda R$ 2.400,00 por família, ao longo de dois anos, para apoiar o aumento da produção e a comercialização excedente dos alimentos. O pagamento será efetuado por meio do cartão do Bolsa Família. Além disso, essas famílias receberão insumos (sementes, adubos, fertilizantes, entre outros).
O Plano dispobibilizará ainda R$ 2.400,00 por família, ao longo de dois anos, para apoiar o aumento da produção e a comercialização excedente dos alimentos. O pagamento será efetuado por meio do cartão do Bolsa Família. Além disso, essas famílias receberão insumos (sementes, adubos, fertilizantes, entre outros).
Ampliar
as compras por parte de instituições públicas e filantrópicas (hospitais,
escolas, universidades, creches e presídios) também é uma meta do Plano Brasil
Sem Miséria, ancorado no Programa Nacional de Aquisição de Alimentos.
Devemos
acreditar nas pretensões emanadas do Brasil Sem Miséria? Claro que sim. No
entanto, se a Assistência Técnica e Extensão Rural for realmente um eixo
importante na implantação deste Plano, o Estado Brasileiro vai ter que assegurar
as condições objetivas para tal. A instabilidade imposta aos extensionistas
rurais pela burocracia governamental, não é compatível com os objetivos do
Plano Brasil Sem Miséria.
Mais uma
vez, Eu acredito que o Brasil vencerá a pobreza extrema. Eu acredito que a Assistência
Técnica e Extensão Rural pode e deve ajudar a limpar a nossa bandeira, suja
pelas feridas da pobreza extrema, muitas vezes causada pela riqueza extrema de poucos.
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