Fonte: MDA
Plano Brasil Sem Miséria começará a atender,
até o final de 2011, 51 mil famílias no meio rural com instrumentos
inovadores de fomento e preservação ambiental. As ações se concentrarão
nas regiões Nordeste e Norte. No Nordeste serão beneficiadas 33 mil
famílias, entre as quais seis mil de assentamentos da reforma agrária,
com assistência técnica diferenciada e presencial. No Norte, 18 mil
famílias de assentamentos diferenciados da reforma agrária passarão a
receber o Bolsa Verde, com transferências trimestrais de R$ 300,00 para
preservar os recursos naturais das áreas onde vivem.
O anúncio foi feito durante videoconferência
realizada nesta sexta-feira (15) com participação de secretários e
delegados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e
representantes e superintendentes do Incra. O ministro do
Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, que abriu a reunião, destacou
que as ações previstas foram construídas em conjunto entre o MDA e o
Incra com a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS). “Nossa estratégia é promover a inclusão produtiva
de famílias em condição de extrema pobreza no meio rural com assistência
técnica diferenciada, fomento a fundo perdido para estruturação
produtiva e distribuição gratuita de sementes”, afirmou Florence. “Vamos
incorporar estas ações ao nosso cotidiano”, reforçou o presidente em
exercício do Incra, Luciano Brunet.
O processo de atendimento às famílias em condição
de extrema pobreza começou em 6 de junho com uma chamada de Assistência
Técnica e Extensão Rural (ATER) para atender 10 mil famílias com renda
mensal inferior a R$ 70,00 em municípios do Semiárido localizados nos
Territórios da Cidadania de Irecê (BA), Velho Chico (BA) e Serra Geral
(MG). As propostas recebidas estão em fase de análise. Outra chamada
será publicada em julho para atender cerca de 15 mil famílias em
Territórios de Cidadania de Alagoas, Pernambuco, Ceará, Piauí, Paraíba,
Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe. Uma terceira chamada pública
está prevista para agosto, direcionada a famílias de povos e comunidades
tradicionais e assentamentos da reforma agrária.
O atendimento às famílias será feito ao longo de 17
meses por equipes técnicas multidisciplinares compostas por 11 pessoas
(um coordenador e dez técnicos). Cada equipe, que atenderá 800 famílias
(um técnico para 80 famílias), realizará um Diagnóstico da Unidade de
Produção Familiar (UPF), que será a base para a elaboração do Projeto de
Estruturação Produtiva e Social Familiar.
As equipes vão monitorar a produção, a renda e o
acesso dessas famílias às políticas públicas. A rota de inclusão social
abrange o mapeamento das carências das famílias - documentação, acesso a
benefícios sociais, alfabetização, casa, água, luz e estrada – e o
encaminhamento das demandas aos órgãos responsáveis na estrutura
administrativa local. A rota de inclusão produtiva prevê a estruturação
da produção para autoconsumo e da comercialização do excedente para
mercado e do acesso das famílias às demais políticas públicas voltadas
para a agricultura familiar.
Inclusão social e produtiva
O Plano Brasil Sem Miséria foi lançado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 2 de junho. Para o meio rural, a prioridade do plano é a inclusão produtiva, com estruturação da capacidade de produção da agricultura familiar por meio de uma assistência técnica diferenciada e fomento para geração de renda. O Plano, direcionados a famílias com renda familiar de até R$ 70,00 por pessoa, alia transferência de renda, acesso a serviços públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva. O conjunto de ações envolve a criação de novos programas e a ampliação de iniciativas existentes, em parceria com estados, municípios, empresas públicas e privadas e organizações da sociedade civil. O objetivo é incluir a população mais pobre nas oportunidades geradas pelo forte crescimento econômico brasileiro, elevando a renda e as condições de bem-estar da população.
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