Por: Rudolfo Lago
Site: Congresso em Foco
Dilma, Presidenta do Brasil e Lula, expresidente. |
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que só um momento o
emocionou de fato no discurso de posse da presidenta Dilma Rousseff: a
menção que ela fez à memória daqueles que tombaram na luta contra a
ditadura militar. No coquetel oferecido para convidados no Itamaraty na
noite de sábado, após as solenidades da posse, Chinaglia repetia que era
a primeira vez, desde a derrubada da ditadura e a redemocratização do
país, que um chefe de Estado homenageou em discurso aqueles que morreram
no combate ao regime de arbítrio dos militares. Mais do que isso, Dilma
demonstrou todo seu orgulho de ter participado da geração que pegou em
armas contra ditadura, seja pelas palavras no seu discurso, seja por
gestos, como o convite que fez às suas 17 companheiras de cela no
período em que ficou presa em são Paulo no Departamento de Ordem
Política e social (Dops) em São Paulo.
- É a primeira vez que se dá o devido valor à importância que essa resistência à ditadura teve - comentava Chinaglia.
No discurso de Dilma, na presença das senhoras que estiveram presas
com ela, Chinaglia enxergava a chegada ao poder, pela primeira vez, de
uma representante de fato do que se convencionou chamar de esquerda: o
grupo de pessoas que acreditou numa saída revolucionária, socialista,
para o mundo. Gente como o próprio Chinaglia.
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