14 de maio de 2011

A culpa é do pobre

A fraude no ProUni foi amplamente divulgada no fantástico no dia primeiro de maio. Mais uma vez as ratazanas do dinheiro público estão passando a perna nos pobres, o programa que foi criado para incluir as pessoas que não conseguiram mobilidade social por causa da falta de educação, está sendo utilizado de forma irregular. O pior é de tudo é que os representantes das Instituições de Ensino Superior, mostradas no Fantástico, falam como se não tivessem qualquer responsabilidade. O representante da Unipar disse que a responsabilidade é do Ministério da Educação (MEC). Este por sua vez disse que a responsabilidade é de ambos. Pelo menos o MEC que não se esquivou da responsabilidade. 
O que é perceptível nessa roubalheira é que o MEC deixa as IES soltas, deveria fazer fiscalização serrada, ou MEC não conhece o “jeitinho brasileiro”?
A mãe de uma das fradadouras do ProUni ao ser questionada sobre a inclusão de sua filha no programa justificou a pouca vergonha empurrando para o pobre a culpa de não ocupar sua vaga legítima: “eles não podem comprar os materiais necessários para fazer o curso de odontologia e não conseguem acompar o curso” (assista ao vídeo). Se eu fosse me guiar pela percepção de pessoas desse tipo eu não teria me formado em Sociologia. Já amiginaram um pobre do interior envolvido com aquelas teorias que deixam algumas pessoas tontas? Mas não é bem assim, pobre também aprendende e ensina, é só a elite brasileira não colocar as barreiras do "jeitinho", das "panelinhas", da fraude, etc.etc.etc.
O mês de maio está farto de notícias ruins da educação brasileira, além da fraude no ProUni, a TV Globo mostrou a porcaria da alimentação escolar servida em diversas escolas públicas, uma série de reportagens sobre a qualidade do ensino e diretoras exoneradas das suas funções só porque falaram de suas expectativas frustradas enquanto educadoras.
Tirar o Brasil da pobreza de renda monetária deve começar com a declaração de guerra contra a corrupção. 



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