Segundo o Jornal "O Estado de São Paulo, a primeira missão dada pela presidente Dilma Rousseff ao ministro da
Casa Civil, Antonio Palocci, foi a de buscar a pacificação do PMDB. O
partido vive um momento de forte estresse no relacionamento com o PT,
que se apossou de cargos importantes antes dominados por peemedebistas,
como a presidência dos Correios e a Secretaria de Atenção à Saúde, e
agora pretende avançar sobre a Fundação Nacional da Saúde (Funasa).
São
postos que dominam orçamentos gigantescos: a Secretaria de Atenção à
Saúde, perto de R$ 45 bilhões; os Correios, R$ 12 bilhões; a Funasa, R$ 5
bilhões. Têm presença em todas as regiões do País, o que dá uma grande
visibilidade ao partido que as controla. Dilma teme que o PMDB inicie
algum movimento de retaliação aos petistas em votações importantes, como
a da medida provisória que fixou o salário mínimo em R$ 540.
A
situação é tão grave que o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo
Alves (RN), e o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
protagonizaram um bate-boca, com acusações e xingamentos. Dilma convocou
para hoje reunião do Conselho Político, que é integrado pelos líderes e
presidentes dos partidos da coligação do governo. Quer dar início às
conversações de paz hoje mesmo.
O vice-presidente, Michel Temer
(PMDB), vai participar da reunião do Conselho Político. Palocci disse ao
Estado que espera contar com a ajuda dele. 'Temer continuará a ser um
importante interlocutor no PMDB', disse ele. O vice continuará a ter
controle sobre o partido, visto que apenas se licenciará da presidência
do PMDB. Enquanto isso, o partido será presidido interinamente pelo
senador Valdir Raupp (RO).
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